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Blog Educação Profissional e Tecnológica - 13 fatos que marcaram a educação no Brasil em 2013

13 fatos que marcaram a educação no Brasil em 2013

Da greve dos professores ao recorde de inscritos no Enem, a educação no país passou por momentos determinantes neste ano. O Globo selecionou 13 deles, que representam não só os desafios, mas também conquistas alcançadas no setor, como a aprovação do projeto que destina 75% dos royalties do petróleo para atividades educacionais

 

1º Greve de professores no Rio 

Os professores das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro entraram em greve no dia 8 de agosto. As paralisações duraram mais de 60 dias e só acabaram no fim de outubro, depois de uma audiência intermediada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao longo de dois meses, professores municipais e estaduais fizeram diversas manifestações e assembleias para reivindicar melhorias na educação.

 

2º Enem dos recordes

 A cada ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ganha maiores proporções tanto em número de candidatos, quanto em abstenções, número de isentos etc. E com 2013 não foi diferente. Mais de 7,1 milhões de candidatos se inscreveram para o teste deste ano, uma alta de 24% em relação a 2012, o que implicou na impressão de 15,7 milhões de provas, distribuídas em 1.661 municípios e em 15.576 locais de aplicação. No ano passado, foram 12,7 milhões de cadernos de questões, espalhados por 1.615 municípios envolvidos e por 15.076 locais de prova em todo o país. O índice de abstenção no Enem 2013 também foi alto: 29% dos candidatos, ou quase 2 milhões dos inscritos não compareceram ao exame.

 

3º Mau desempenho no Pisa 2012

 O Brasil melhorou, mas o caminho ainda é longo rumo à Educação de qualidade. Esta foi a principal conclusão do PISA 2012, prova promovida pela OCDE a cada três anos para medir o desenvolvimento educacional em 65 países. Embora os brasileiros sejam os que mais avançaram dentre todas as nações avaliadas na prova de Matemática, nossos alunos ficaram apenas entre a 57ª e a 60ª posições no ranking de 65 economias globais. O Brasil também foi mal no teste de Leitura, ficando entre a 54ª e a 57ª colocações. Já em Ciências, os estudantes brasileiros estão, mais uma vez, entre a 57ª e a 60ª posições.

 

4º Erros nas redações nota mil do Enem

 Em março, O GLOBO revelou que redações que tiraram nota 1000 no Enem 2012 continham erros bizarros como "enchergar", "trousse" e "rasoavel", além de desvios graves de concordância. Na sequência, o jornal mostrou que textos com deboches como a inserção de uma receita de Miojo e o hino do Palmeiras não foram anuladas. Como consequência, o Inep prometeu maior rigor na correção das redações no exame deste ano.

 

5º Trotes polêmicos

 Trotes em pelo menos três universidades públicas causaram polêmica em 2013. Em março, alunos da faculdade de Direito da UFMG publicaram na internet fotos mostrando universitários em atitudes racistas e fazendo saudações nazistas. No mês seguinte, estudantes de Medicina da UFRJ disseram que tiveram que simular sexo oral num trote, no qual também teria sido usado urina. Em maio, uma aluna da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista, denunciou ao Ministério Público do Estado que foi obrigada a lamber testículos e pênis de boi no trote de Agronomia.

 

6º Universidades brasileiras nos rankings mundiais

 As universidades brasileiras tiveram desempenhos variados em seis rankings mundiais de instituições de ensino superior divulgados ao longo de 2013. Se para a consultoria britânica Times Higher Education (THE), o Brasil tem apenas uma representante entre as 300 melhores do mundo (USP), para sua conterrânea QS Quacquarelli Symonds, o país tem três entre as 300 (USP, Unicamp e UFRJ). A QS também fez um ranking apenas para a América Latina, cenário onde o Brasil predominou: quatro universidades brasileiras estão entre as dez melhores na região (USP, Unicamp, UFRJ, e UFMG). As duas consultorias utilizaram critérios semelhantes, como a qualidade do corpo docente, número de pesquisas publicadas, reputação no meio acadêmico e no mundo corporativo

 

7º Polêmicas nos cursos de medicina

 Em julho, o governo federal anunciou o programa Mais Médicos que, entre outros pontos, aumentava o tempo de formação de estudantes em mais dois anos, nos quais eles teriam que atuar num posto do SUS para obter o diploma. A medida causou polêmica, e o MEC transformou o ciclo adicionou em residência obrigatória no SUS.

 

8º 75% dos royalties para educação

 2013 também será lembrado como o ano onde o Brasil aprovou a lei responsável por injetar bilhões de reais na Educação nas próximas décadas. Em agosto, a Câmara dos Deputados deu voto favorável ao projeto que destina 75% dos royalties do petróleo para a Educação e 25% para a Saúde. O texto foi o substitutivo do projeto original enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional, que destinava todos os 100% dos royaties para a Educação. A verba é considerada como fundamental para que o país possa cumprir a meta do Plano Nacional de Educação de reservar 10% do PIB para atividades educacionais até 2023.

 

9º Reitorias ocupadas

 Nos 12 meses de 2013, o Brasil teve 14 ocupações de reitorias de universidades. Apesar de o número ser inferior aos 21 movimentos de 2012, a mobilização dos estudantes não foi menos intensa. Caso mais emblemático, a USP foi ocupada no dia 1º de outubro por estudantes que exigiam alterações na eleição para reitor. Eles só saíram de lá à força, após a PM cumprir o pedido de reintegração de posse da universidade. Outra ocupação que chamou atenção foi dos alunos da Universidade Gama Filho, que ficaram por mais de 70 dias na reitoria, em Piedade, cobrando a intervenção do MEC na instituição. O movimento é considerado um dos mais longevos da história do movimento estudantil.

 

10º Afrodescendente no Itamaraty

 No ano em que o país debateu a aprovação da lei de cotas raciais para concursos públicos de nível federal, o médico Mathias Abramovic, branco e de olhos claros, utilizou o artifício reservado para afrodescendentes para ser aprovado na primeira fase do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática. Apesar de polêmica, sua candidatura não foi indeferida pelo Instituto Rio Branco, e Mathias chegou a avançar até a quarta fase do processo seletivo. No entanto, ele não atingiu média geral suficiente para tornar-se diplomata.

 

11º Recorde de reprovação em exame da OAB

 O IX Exame de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) teve taxa de aprovação de apenas 10,3%, o pior resultado desde que a ser aplicado no formato unificado, em 2010. Em março, o MEC anunciou o fechamento temporário de autorização para novos cursos de Direito e o cancelamento de vestibulares para todos os cursos cujos alunos formados tenham tirado nota até 3. Em outubro, a OAB anunciou uma nova regra: o aluno aprovado na primeira fase do exame, mas reprovado na segunda etapa, poderá inscrever-se na prova seguinte a partir da segunda fase.

 

12º 270 vestibulares suspensos por má qualidade do curso

 O Ministério da Educação (MEC) suspendeu neste ano 270 vestibulares de cursos que tiveram mau desempenho por duas avaliações seguidas. As faculdades punidas apresentaram nota insatisfatória (1 e 2) no Conceito Preliminar de Cursos (CPC) tanto em 2012 quanto na avaliação anterior, em 2009. A sanção é aplicada a todas graduações reincidentes. Dos 270 cursos com vestibular suspenso, 28 são do estado do Rio e pertencem a instituições privadas como a Universidade Estácio de Sá e o Centro Universitário da Cidade (UniverCidade).

 

13º Crise nas universidades privadas

 O ano que passou também foi testemunha do agravamento da crise que predomina em algumas instituições privadas de ensino superior. O caso mais drástico é o da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, ambas controladas pelo grupo Galileo Educacional, que está afundado em mais de 900 milhões em dívidas. Com salários atrasados desde setembro, professores da Gama Filho fazem a terceira greve do ano, enquanto seus colegas da UniverCidade enfrentam problemas como a falta de elevadores, e até sumiço de computadores das salas de aula. Em agosto, foi aprovado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) o relatório da CPI das Universidades Privadas, que pede o indiciamento de cinco gestores de instituições privadas por gestão fraudulenta, dentre outras acusações.

FONTE: O GLOBO

 

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