Pisa 2012: Cazaquistão e Albânia crescem mais que Brasil
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- Publicado em Sexta, 06 Dezembro 2013 11:34
Excetuando-se avanço em matemática entre 2003 e 2012, paÃs patina: não se aproxima do topo do ranking internacional nem cresce rapidamente
Jadyr Pavão Júnior
Aluna na sala de aula do cursinho Objetivo (Antonio Milena)
Avaliar para mudar
O Pisa (Programme for International Student Assessment) é uma avaliação realizada a cada três anos pela OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Participam estudantes com 15 anos de idade. A avaliação pretende aferir o quanto os alunos aprenderam em sala de aula, mas também se conseguem aplicar conhecimentos na solução de problemas reais. Outro objetivo da avaliação é fornecer subsÃdio para polÃticas de educação. Em 2012, 510.000 jovens de 65 paÃses ou regiões econômicas delimitadas (caso de Xangai) aplicaram a prova. No Brasil, foram 19.877 estudantes, divididos em 837 escolas.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comemorou nesta terça-feira o fato de o Brasil exibir a melhor evolução, em número de pontos, na avaliação de matemática doPisa entre 2003 e 2012. É uma constatação tão verdadeira quanto a de que o paÃs partiu de um patamar bastante baixo nessa disciplina, 356 pontos, atingindo os 391 no relatório divulgado nesta terça-feira. Xangai, por exemplo, atingiu 613 no Pisa 2012: são 222 pontos a mais do que o Brasil.
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A evolução do Brasil na mais importante avaliação internacional de educação não é tÃmida somente quando se comparam os dados do paÃs com o campeão do ranking. Entre 2009 e 2012, registramos apenas o 26º maior crescimento em matemática, o 44º em leitura (na verdade, o paÃs perdeu 2 pontos) e o 39º em ciências — levando-se sempre em conta o número de pontos obtidos na prova. Continue a ler a reportagem
Comparações entre outras edições (a prova é feita desde 2000) revelam mais resultados ruins. A exceção é mesmo o exemplo usado pelo ministro.
E não houve só Ferraris acelerando mais do que o Brasil entre 2009 e 2012. Em leitura, por exemplo, foram mais velozes do que nós paÃses como Peru, Albânia, Bulgária e Cazaquistão. Em matemática, novamente Cazaquistão e Albânia e TunÃsia. Em ciências, Albânia e Cazaquistão insistem em avançar mais rapidamente.
Essas nações são nossas vizinhas na escala do Pisa. Todos obtiveram notas que giram em torno dos 400 pontos, que revela nÃvel de proficiência muito baixo entre os estudantes. Xangai, no topo, tem 570 pontos em leitura e 580 em ciência.
A consultora em educação Ilona Becskeházy afirma que subimos devagarinho na régua do Pisa porque não fazemos a lição de casa. "Infelizmente, o Pisa tem muito pouco impacto nas polÃtica públicas brasileiras, exceto uma certa pressão da sociedade, que se deu conta que a educação no Brasil era muito ruim. Por isso, mudou muito pouco coisa no Brasil desde 2000. É preciso quebrar paradigmas", diz. Priscila Cruz, diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, faz uma ponderação acerca da comparação do avanço do Brasil frente a registrada por Cazaquistão, Albânia e vizinhos: "O desafio do Brasil é, sem dúvida, muito maior. Esses são paÃses pequenos, como redes de ensino pequenas. Nós, por outros lado, temos 50 milhões de alunos, espalhados por um território imenso, É mais difÃcil coordenar uma melhoria com as escolas".
De qualquer forma, o Brasil parece reunir duas condições negativas — excetuando-se o conhecido avanço em matemática entre 2003 e 2012: não se aproximou do topo nem cresce rapidamente.
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O Desafio da Classe Digital
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- Publicado em Terça, 03 Dezembro 2013 09:50
Apesar de amplamente disseminada fora da escola, a tecnologia ainda custa a entrar na sala de aula; entenda por que isso ocorre e conheça exemplos de iniciativas.
Leia o artigo de Barbara Ferreira Santos, publicado pelo jornal O Estado de Sáo Paulo, no dia 17 de setembro de 2013, em http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,o-desafio-da-classe-digital,1075427,0.htm
Salário não é único fator que deve pesar na hora de aceitar emprego
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- Publicado em Terça, 03 Dezembro 2013 09:48
Muitos candidatos, quando vão avaliar uma oferta de emprego, pensam em primeiro lugar no valor do salário. O especialista em carreiras Mike Spinale listou uma série de fatores que devem ser levados em conta na hora de aceitar um emprego que vão além da remuneração. A relação foi divulgada no site de carreiras norte-americano PayScale.
BenefÃcios
Os benefÃcios, incluindo a assistência médica e odontológica, assim como planos de aposentadoria, seguro de vida e de invalidez são os mais comuns. Mas Spinale alerta que é importante ter um olhar mais atento antes de aceitar o cargo. Descobrir o que a empresa oferece além do salário é importante para determinar o total que a empresa vai oferecer de remuneração.
EquilÃbrio trabalho/vida
Você pode organizar um horário flexÃvel? Existem pais trabalhadores na empresa e, nesse caso, eles parecem felizes no trabalho? Que tipo de polÃtica de férias a empresa oferece, e as pessoas tiram vantagem disso?
Cultura da empresa
As pessoas parecem gostar umas das outras? Elas são mal-humoradas e retraÃdas, ou otimistas e positivas? Preste muita atenção para o layout do escritório e para o estilo de trabalho dos empregados que você observa durante a visita. Pense se o seu estilo de trabalho combina com o deles.
Vantagens
Há descontos em academias, passes para museus gratuitos ou promoções em eventos esportivos ou shows? Pergunte sobre regalias, de modo que você possa tirar vantagem.
Espaço para crescer
Qual é a próxima posição acima da sua na escala corporativa, e pode ser algo que você possa gostar de fazer? As pessoas tendem a se mover para cima, ou ficar parado - ou, pior de tudo, saem da empresa devido à falta de oportunidade?